Review: Game of Thrones 05×03 – High Sparrow

Fala, geeks! O domingo acaba e leva consigo mais um episódio de Game of Thrones.

Intitulado High Sparrow, o episódio dá continuidade a quinta temporada da série de forma ainda razoável – sem grandes choques nem muita ação, trazendo personagens de núcleos que ainda não foram mostrados e, de certa forma, continua ambientando -, mesmo assim as peças do jogo dos tronos, percebemos, se movem um tanto mais ligeiro.

Nesse episódio, vemos a trama tomar forma e acontecimentos bastante esquisitos e misteriosos nos atiçar a imaginação. Por fim, o episódio rememora, em um vislumbre, o braço forte de Eddard Stark e seu sangue nortenho, afinal, “o homem que dá a sentença deve brandir a espada”. Sendo assim, tomem cuidado com o spoilers e vamos nessa!

O episódio começa em Braavos, com Arya Stark na Casa do Preto e Branco. A menina de Winterfell continua sua jornada, entretanto, o que encontrou naquele templo peculiar não parecia o que ela realmente queria; Arya, então, cansada de varrer o chão do templo por dias, questiona Jaqen sobre ser sua aprendiz – sua verdadeira intenção.

Valar morghulis, valar dohaeris, o Deus de Muitas Faces… toda essa crença começa a tomar um certo rumo mais concreto, e, ao que parece, Jaqen H’ghar mostra que o treinamento da menina Stark já começou – e esse é o propósito principal da cena. Mesmo assim, lacunas interessantes são deixadas: Por que o a crença é de um deus único mais no salão do templo tem representações de vários outros deuses? Aquele tanque no meio do salão, cheio de água, aparentemente, qual o propósito dele? E o homem que morreu, teve esse destino por ter bebido a água ou não?

No meio do episódio, numa outra cena, a jornada de Arya dentro da Casa do Preto e Branco começa a engrenar. A menina começa a ser testada, mas, para seguir em frente, ela devia deixar tudo o que foi antes de lado. Ela precisava deixar Arya Stark para trás. Sendo assim, ela devia se livrar de tudo o que tinha para se tornar outra (roupas, pratas…) e assim o faz, exceto com Agulha, sua espada, escondendo-a. Ser uma Stark de Winterfell e toda a sua vingança continuaria viva naquela lâmina.

Adiante, outra cena bastante interessante é o momento em que Arya precisa limpar o corpo do homem morto. A menina pergunta o que eles fazem depois de lavá-los, teria isso alguma coisa a ver com a habilidade de trocar de rostos de Jaqen H’ghar?

Ainda no começo do episódio acontece o casamento de Tommen Lannister Baratheon e Margaery Tyrell. O grande quê do acontecimento é o relacionamento Cersei-Margaery-Tommen. A nova rainha já tem os súditos do seu lado, agora o próximo passo seria tirar a rainha mãe (ou rainha viúva?) do jogo. Como a moça de Jardim de Cima vai fazer para mexer os pauzinhos? Simples!, usar da própria artimanha da antiga rainha… Portanto, Margaery tenta afastar Cersei para Rochedo Casterly manipulando Tommen. Pussy power!

Ainda em Porto Real, o Alto Septão foi pego se divertindo no bordel de Petyr Baelish por um novo grupo de devotos, do qual o primo de Cersei, Lancel Lannister, participa, chamado de Pardais. O Alto Septão é levado pelas ruas, sem roupa alguma, e é surrado como punição por seus pecados.

Queixando-se ao Pequeno Conselho acaba sendo preso nas masmorras da Fortaleza Vermelha o que nos faz questionar as intenções de Cersei por tal atitude. Em um encontro com a Lannister, ainda conhecemos quem dá o título do episódio, o Alto Pardal; o provável é que ela o torne o novo Alto Septão, o que seria uma boa jogada.

A cena mais esquisita do episódio acontece quando Cersei encontra Qyburn, e o manda enviar uma certa mensagem a Mindinho, e, então pergunta sobre determinado trabalho escuso ao que o homem responde que está progredindo. A parte estranha acontece quando Cersei já tem ido embora e então Qyburn está escrevendo a carta, súbito, o que parece ser um cadáver coberto, sobre uma maca, tem um repentino espasmo e o Dr. Frankenstein chia pedindo silêncio “Calma, amigo.”

No norte, vemos, lamentavelmente, os Bolton em Winterfell. De cara, corpos esfolados aparecem pendurados, nos lembrando a crueldade histórica daquela casa, reavivada por Ramsay, e para completar Fedor (Theon), outro exemplo não menos agradável da diversão do (ex-)bastardo. O lado político de Roose Bolton ter se tornado Protetor do Norte começa a ser mostrado com como a casa está lidando com os vassalos nortenhos.

Perto dali, Mindinho e Lady Sansa passam por Fosso Cailin e, então, descobrimos as intenções do Lorde Baelish. O destino é Winterfell onde Sansa deve se casar com Ramsay. Obviamente não se trata apenas de política, e o próprio Baelish, para Sansa, põe lenha na fogueira de um sentimento bastante forte: a vingança!

Em Winterfell, outro ponto interessante é quando Sansa Stark reencontra as pessoas que antes compunham o pessoal da Casa Stark e mostra que a vontade de revanche ainda paira no ar. The North Remembers!

A mensagem de Cersei chega a Baelish, em Winterfell, entretanto, primeiro passando pelas mãos de Roose Bolton; faíscas voaram – como costumam acontecer em muitos dos diálogos da série – durante a conversa entre os dois lordes, nessa cena. Por fim, Lorde Bolton, numa exigência sutil, diz que quer saber a resposta que será dada à Cersei. O conteúdo da mensagem, no entanto, deve ser revelado nos próximos episódios.

Ao encalço de Sansa e Mindinho, estavam Podrick Payne e Brienne de Tarth. Durante a cena dos dois, além de descobrimos como Podrick chegou até Tyrion, conhecemos um pouco do passado da mulher de armadura e o porquê de toda sua devoção por Renly Baratheon, pondo ainda mais peso na personagem que por si só e sua representação na série já bastante interessante. Ainda nessa cena Brienne promete treinar Podrick e matar Stannis Baratheon para vingar Renly.

Na Muralha, vemos Jon Snow como Senhor Comandante da Patrulha da Noite, e Stannis Baratheon questionando-o sobre a oferta feita no episódio anterior ao que Jon recusa. Davos Seaworth aconselha Jon sobre o Norte está em péssimas mãos sob os Bolton e que fazia parte do juramento à Patrulha proteger o reino dos homens.

Um fator desfavorável, que ainda carece de uma explicação palpável, é a atitude de Samwell Tarly que continua a fugir da natureza da personagem.

Um dos pontos altos da série é quando Janos Slynt resolve desobedecer o novo Senhor Comandante. Jon Snow mostra, então, que não está para brincadeiras, e, honrando seu sangue Stark, é o juiz e o próprio carrasco, decapitando o homem.

Longe de Westeros, encontramos Varys e Tyrion às portas de Volantis (sobre a cidade é desnecessário citar o primor técnico dos efeitos especiais da série, não é mesmo?). As duas personagens ainda conseguem trazer um alívio cômico em seu diálogo quando Tyrion, cansado de ficar preso na carruagem, resolve sair para visitar a cidade.

No momento em que estão no bordel, quando Tyrion conversa com a prostituta mas hesita em deitar com ela, é impossível não lembrar de Shae.

Por fim, ainda no bordel, Jorah Mormont, que coincidentemente afogava suas mágoas no mesmo estabelecimento, captura o Lannister. A ideia é óbvia, ele vai levá-lo até Daenerys na esperança de ser perdoado. Que consequências isso vai ter para os três (Varys incluso), bem, isso vamos descobrir daqui para frente, mas uma conclusão é certa: a viagem do pobre Lannister vai ficar um bocado mais desagradável.

Até a próxima!

Sobre Eldner Felipe

Pessoense, 18 anos, estudante (lerdo) de Jornalismo que queria ser um calango para resistir ao sol em João Pessoa, geminiano - como se isso importasse -, gosta de ler, jogar, escrever, inclusive fazer nada, e também dormir. Ênfase em fazer nada e dormir, por favor. Música? Rock, no geral, mas não é regra.
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2 respostas para Review: Game of Thrones 05×03 – High Sparrow

  1. galdinoamanda disse:

    Confesso que às vezes cansa. A gente espera (desesperadamente) que algo aconteça, mas aí… Nada. A questão é que a gente tem que entender GoT como um jogo de xadrez. A pressa é inimiga da perfeição, então é preciso que haja uma movimentação lenta e trabalhada de cada peça pra podermos ver um jogo bonito. São muitos personagens, então às vezes é realmente necessário toda essa apresentação, até pra poder contextualizar melhor o papel de cada um na guerra. No mais, foi um episódio sem grandes choques, mas ainda assim importante. Em GoT tudo é relevante, né? =D

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    • Eldner Felipe disse:

      Sim!, e isso ajuda muito, também, a quando acontece alguma coisa impactar tanto. O mundo de Gelo e Fogo é gigantesco, imagina só se fossem mostrar tudo tintim por tintim?

      Curtido por 1 pessoa

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